Buscando colocar Itapetinga de volta ao caminho do desenvolvimento, o prefeito Rodrigo Hagge, em reunião com seu secretariado, decidiu tomar medidas enérgicas para contenção de gastos e controle financeiro e orçamentário do município. Entre outras decisões, o prefeito reduziu em 30% o seu próprio salário e o de todos os secretários e dos dirigentes de autarquias. Além disso, reduziu em mesmo percentual, o valor de contratos de prestação de serviços e de aquisição de material. O prefeito suspendeu, também, a contratação de horas extras.
As medidas incluem, inevitavelmente, corte de pessoal. “Precisamos cortar gastos em todos os setores. Sabemos que esta é uma medida difícil de ser aceita pela população de imediato, mas sem ela nós não poderemos construir a Itapetinga que sonhamos. Os frutos desse trabalho serão colhidos num futuro próximo. Só peço aos itapetinguenses a compreensão e a confiança que demonstraram nas eleições.
Em breve teremos uma nova cidade, com o potencial de crescimento que ela sempre demonstrou desde seus primeiros dias de emancipação. Não vamos mais nos desviar do caminho do desenvolvimento por falta de coragem e comprometimento político”, falou o prefeito Rodrigo Hagge, ao falar que remédios amargos são necessários para garantir a saúde contábil do município neste momento.
ENTENDA O PROCESSO
Desde o início da nova gestão, notícias sobre o sucateamento do aparelhamento público e o endividamento da prefeitura municipal vêm circulando constantemente. As mazelas de oito anos de um governo ineficiente estão sendo expostas a todo momento desde o primeiro mês da atual administração.
Segundo os responsáveis pelo setor de finanças, o governo anterior não realizou o fechamento contábil do ano de 2016, por isso, durante os estudos diários o grupo é sempre surpreendido por mais problemas orçamentários que têm atravancado o progresso da cidade.
Em janeiro, o prefeito Rodrigo Hagge, através de uma coletiva de imprensa, fez um demonstrativo da situação prévia dos cofres públicos. Parcelamentos feitos no último dia de gestão e dívidas de mais de 30 milhões já formavam um cenário ruim para a execução de qualquer plano de governo.
Ao final do primeiro semestre, a frustração de receita foi mais um baque para os planos do prefeito. Baseado em um orçamento que, após seis meses somaria cerca de 78 milhões de reais, Rodrigo Hagge precisou trabalhar com o pouco mais de 62 milhões arrecadados.
Isso significa que a prefeitura recebeu cerca de 16 milhões de reais a menos do que o previsto para o período de seis meses. Agora, os estudos apuram um débito de mais de 73 milhões de reais, mais de 57 milhões só de dívidas previdenciárias.
73 milhões é valor suficiente para, por exemplo, a construção de 66 escolas modelo padrão segundo os critérios FNDE ou 38 creches, 51 PSF’s ou 1200 quadras poliesportivas. Isso significa dizer que, caso a atual administração não tivesse herdado débitos tão vultuosos, os itapetinguenses poderiam desfrutar de melhores serviços públicos nos mais diversos setores.
Os números são uma ilustração clara de o quanto uma má administração pode afetar diretamente a vida da população.
Itapetinga vive um momento difícil de organização do caos encontrado. Segundo Orlando Ribeiro, secretário de finanças, “o município vive a pior situação possível”.
Ou a nova administração agia de forma enérgica para reverter o quadro ou, segundo os estudos feitos, a prefeitura quebraria em cinco anos. Pensando na necessidade de se transformar a cidade, de retornar ao ao desenvolvimento preciso e merecido.
ASCOM