Informações das secretarias municipais de Saúde mostram que, em vários estados, os estoques públicos de medicamentos para intubação estão em níveis críticos e podem acabar nos próximos 20 dias. O chamado “kit intubação” tem, entre outros itens, remédios para anestesia, sedação e relaxamento muscular.
No Pará, os 12 hospitais da rede estadual só têm estoque para mais 15 dias. No Paraná, os bloqueadores neuromusculares são suficientes para apenas dois dias; sedativos e analgésicos só para mais uma semana, de acordo com o G1.
No Distrito Federal, o presidente do Conselho Regional de Medicina alertou para o baixo estoque de antibióticos e sedativos na rede pública. O dia começou com estoque zerado de dois remédios: o Propofol, que é um anestésico geral de curta duração; e o Vecurônio, relaxante muscular, que serve para facilitar a introdução do tubo na traqueia.
Em Florianópolis, no hospital estadual Nereu Ramos, medicamentos de intubação estão sendo diluídos para render mais. A Secretaria de Saúde de Santa Catarina diz que há risco de desabastecimento.
O Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde calcula que as reservas atuais durem só 20 dias e pede que o Ministério da Saúde garanta com a indústria a continuidade do fornecimento.
“Em todo o país nós estamos vivendo um momento extremamente crítico. O importante é que nesse momento de gravidade nós estejamos reunidos principalmente sob a regulação do Ministério da Saúde com a participação da indústria para nós estarmos regulando essa produção desses medicamentos; Ministério da Saúde e indústria para que não faltem nos hospitais de referência, principalmente nas unidades que estão no plano de contingência”, disse. Por Bahia Notícias, edição desta quarta-feira, 17 de março de 2021.