Na tarde desta terça-feira, 11, o secretário de Meio Ambiente de Itapetinga (SEMA), Cristian Gomes, atendeu ao convite da direção do programa jornalístico “Cidade Aberta” da Rádio Cidade FM 94.3, apresentado pelo radialista e repórter policial Eudo Mendes, com participação de Marivaldo Neves, com o objetivo de abordar diversos assuntos acerca da pasta do Meio Ambiente.
No começo da entrevista, Cristian Gomes se apresentou à comunidade, afirmando que é filho de Itapetinga, apesar de ter passado um período de sua vida longe da cidade (estudando e trabalhando), mas sempre manteve sua base familiar no município, raízes, amigos e história de vida.
Quem é Cristian Gomes de Oliveira? Cidadão itapetinguense, 49 anos, casado com Andreia Lima, pai do estudioso Bernardo e mora no município desde 2005. Cristian Gomes é Engenheiro Agrônomo com formação na área de Gestão Ambiental, Mestre em Ciências Ambientais, Pós-Graduado em Gestão Ambiental em Sistemas Agrícolas, tendo atuado como professor de Agropecuária, Agroindústria e Agroecologia (atualmente não está lecionando), mas trabalhando com Consultoria, atuando na área Agronômica e Ambiental com Atividades de Planejamento e elaboração de Projetos, sendo nomeado pelo prefeito Eduardo Hagge (MDB), como secretário de Meio Ambiente do município.
Eudo Mendes: Secretário como foi que o senhor encontrou a Secretaria de Meio Ambiente? Cristian responde: O governo anterior já vinha fazendo um trabalho interessante na SEMA (Secretaria de Meio Ambiente) através do gestores que passaram pela pasta, com boas iniciativas. Acompanhamos de perto o processo de transição de governo e conhecemos a fundo a complexidade da pasta, as demandas e chegamos justamente para contribuirmos e melhorarmos as condições atuais da secretaria.
Eudo Mendes: Quando o senhor fala em melhorar as condições da Secretaria de Meio Ambiente, quais são as primeiras atitudes do secretário para melhorar a SEMA? Cristian responde: Temos planos de ações desafiadores pela frente, queremos continuar cuidando das nossas praças e jardins (torná-los mais acessíveis, mais bonitos e atrativos), ampliar a discussão da educação ambiental, firmar parcerias de bons resultados, ampliar a fiscalização uso do solo para que os empreendimentos atuem de maneira favorável, contribuindo com a preservação e o meio ambiente.
Eudo Mendes: Secretário qual a análise que o senhor faz como especialista sobre o nosso rio, e como amenizar os danos sofridos pelo Rio Catolé? Cristian responde: Todos os governos que passaram por Itapetinga se depararam com o anseio da comunidade em ter um rio completamente livre da poluição, mas sabemos que esse projeto de despoluição não é tão fácil de colocá-lo em prática, mas se faz necessário. Um dos principais pontos do Rio Catolé é a recuperação das suas Áreas de Preservação Permanente, mas já estamos fazendo um levantamento no entorno do Rio Catolé, o quanto de área precisa ser recuperada, o que precisamos fazer para essa recuperação acontecer, trabalhamos em conjunto com outras secretarias, a exemplo da Infraestrutura e SAAE no sentido de contribuirmos para minimizar o impacto desses efluentes que são direcionados ao Rio Catolé.
Eudo Mendes: Quanto à mortandade de peixe no Rio Catolé há algum tempo em determinadas localidades, o que o secretário tem a dizer? Cristian responde: Nossa equipe esteve nessas localidades coletando amostras, orientamos e notificamos as empresas responsáveis para que providências sejam tomadas no sentido de evitar episódios como este que aconteceu no Rio Catolé.
Eudo Mendes: Quanto ao aparecimento de piranhas no Rio Catolé, inclusive com ataques a pessoas? Cristian responde: Para mim não foi surpresa saber da existência de piranhas no Rio Catolé, mas a surpresa foi o ataque a banhistas ou pessoas que entraram no rio, visto que já existe um estudo da universidade sobre espécies exóticas no Rio Catolé, e uma delas é exatamente a piranha. Assim que tomamos conhecimento dos primeiros ataques, montamos uma equipe liderada por biólogos da SEMA, que visitou diversos pontos do Rio Catolé e constatou in loco, a existência da espécie invasora. Continuamos realizando estudos acerca da espécie encontrada, queremos conhecer o comportamento reprodutivo, qual o tamanho que esses indivíduos podem chegar. Acreditamos que houve o ataque num período específico por no máximo três dias seguidos, pois estamos no verão quando acontece a reprodução da piranha dessa espécie. Continuamos analisando o caso juntamente com a universidade, sinalizamos as áreas de aparecimentos da espécie, inclusive houve coleta de amostras, tivemos contato com pessoas que foram atacadas, tudo para encontrarmos uma solução para o problema existente.
A entrevista contou com a participação dos ouvintes que questionaram ao secretário acerca da arborização da cidade, praças e jardins, Parque da Matinha, Sala Verde, dia e hora de visitação para grupos de estudantes e instituições, coleta seletiva, entre outros. Reportagem: Sizinio Neto
