A Polícia Civil de Itapetinga, no sudoeste da Bahia, distante 100 km de Vitória da Conquista, encontrou forno e madeira nativa no local. Policias chegaram até a carvoaria clandestina após denúncia da proprietária da fazenda que procurou a Delegacia Territorial de Itapetinga na tarde desta quarta-feira, 03/06/15.
D. Catiana Almeida, de 38 anos, é proprietária da Fazenda Morena Areal, localizada neste município, próximo a Ladeira da Peroba, cerca de 03 km da cidade. Por volta das 11:45h das manhã desta quarta-feira, 03/06, ao acompanhar o esposo Joelmo Carvalho, na vistoria de um lance de cerca da referida propriedade, ficou surpresa ao encontrar uma clareira no meio da mata atlântica numa (Área de Preservação Permanente – APP).
Cuidadosamente, a pecuarista acompanhada do esposo adentrou o local e se deparou com uma carvoaria clandestina em funcionamento, constatado o uso de madeira nativa da Mata Atlântica para confecção de carvão vegetal. No local ainda foram encontrados um barraco com objetos de uso pessoal, numa demonstração de que havia gente explorando a área indevidamente, além da prática do crime ambiental.
Havia muito carvão vegetal armazenado na área, ferramentas agrícolas (machados, foices, pás, enxadas), lonas, carrinho de mão, alguns tambores com água ou produto similar, uma área gigantesca totalmente devastada, onde as árvores nativas foram derrubadas sem piedade, numa prova de que o processo clandestino do carvão vegetal vem ocorrendo já há algum tempo.
De posse das imagens, a proprietária da fazenda esteve na Delegacia Territorial de Itapetinga, onde registrou Boletim de Ocorrência e pediu providências. O delegado Dr. Marcos Augusto Larocca ouviu os reclames da vítima, mobilizou uma equipe de investigadores da DT e empreendeu diligência até a referida fazenda, acompanhado do perito criminal do DPT de Itapetinga, Dr. José Carlos.
O delegado Marcos Larocca após vistoriar a área na companhia do perito criminal, Dr. José Carlos, determinou que sua equipe destruísse a carvoaria clandestina. Foram derrubados dois barracos improvisados, um forno instalado local e apreendidas ferramentas utilizadas na confecção do carvão vegetal. Nenhuma pessoa ou responsável foi encontrado (a) na localidade, mas havia indício de que a carvoaria funcionou até pouco tempo.
Dr. Marcos Larocca explica que a atividade gera prejuízo ao meio ambiente com a supressão contínua de árvores ocorrida na exploração da atividade econômica, acarretando em perda de habitat, fator decisivo para uma diminuição da vida silvestre na região e para a degradação do solo, oportunizando pequenas erosões.
– Além disso, a prática ilegal acarreta poluição atmosférica pela emissão de gases do efeito estufa, ou seja, o exercício descontrolado da atividade carvoeira traz impactos ambientais graves que atingem a própria biodiversidade local -, destaca.
A policia deve da um fragrante em um caminhão Mercedes Benz de cor azul que vem da estrada de Macarani carregado de madeira para queimar em cerâmica. Madeira clandestina. passa de 07:00 às 08:00hs da noite com destino a Itororó, vem coberto com lona. Fácil de pegar, fácil de flagrantear… A madeira é totalmente de desmatamento clandestino.