
Vítima: Epaminonadas Lopes Lima Filho (Mazinho).
Recapitulando o crime: O bárbaro assassinato foi uma tragédia que abalou a comunidade de Itapetinga na noite de domingo do dia 1º de fevereiro/2009, quase início de segunda-feira, dia 02, quando tomamos conhecimento da sua morte de “Mazinho”, gerente e administrador de fazendas, de forma brutal a caminho de casa, na Avenida Vitória da Conquista (Ponto Certo), próximo a antiga Imagem Comunicação…
Epaminondas Lopes Lima Filho, popularmente conhecido por (Mazinho), 38 anos na época, pai de família, natural de Itambé, residia na Rua Otávio Rolim, Centro de Itapetinga, acabava de chegar da Esfiha Chic, onde estava com amigos, na Avenida Cinquentenário no Parque da Lagoa, em seu veículo Corsa, o qual costumava deixar estacionado no Posto de Gasolina, no Ponto Certo (Pioneiro).
Após trancar e travar as portas do veículo saiu a pé em direção a sua residência trafegando pela Avenida Vitória da Conquista como era de costume, mas nas proximidades da Imagem Comunicação, foi alvejado por uma rajada de tiros, deflagrada por dois indivíduos que estavam em uma motocicleta…
Depois de ter sido alvejado e cair na calçada em frente ao estabelecimento comercial, os meliantes desceram da moto, e à queima roupa executaram a vítima disparando na cabeça, sem chance de defesa.
Mazinho morreu no local. A notícia abalou a cidade, principalmente os amigos que estiveram com ele 15 minutos antes da tragédia. Mazinho era administrador das fazendas do saudoso “Neto Fernandes”, gozava de muito conceito na cidade e na região e não tinha inimigos, cidadão de conduta ilibada, amigo, companheiro. Seus familiares e amigos ficaram em estado de consternação…
Como se deu o processo de investigação:
O crime parecia insolúvel, durou aproximadamente nove meses até que a polícia apresentou à comunidade de Itapetinga e aos familiares da vítima, os autores e mandantes do crime.
Os delegados Dr. Irineu Andarde e Dr. Marcus Vinicius levantaram diversas informações, colheram dados importantes, realizaram diversas diligências, ouviram dezenas de pessoas da comunidade, colheram depoimentos e começaram a montar um verdadeiro quebra-cabeça.
Montando um verdadeiro quebra-cabeça…
Depois de juntar algumas peças o desenho do chamado “quebra-cabeça” foi definindo, o que levou a polícia a requerer novamente intervenção da justiça para fechar a linha de investigação tratando o caso como “crime de mando”.
A polícia tinha que definir quem foi o autor ou executor do crime, bem como seus mandantes, e o porquê de tamanha violência, a quem interessava a morte de “Mazinho”, perguntas que foram respondidas após nove meses de intensa investigação.
Em outubro de 2009, a Sra. Maria Zilma Couto Dias, 41 anos na época, ex-companheira de “Mazinho” e Reginaldo Vaz da Silva, 39 anos na época, hoje com 49, foram presos sob a acusação de serem os mandantes do crime. Haviam indícios de que ambos mantinham uma relação supostamente amorosa;
Que o crime foi executado pelo pistoleiro capixaba Douglas Gamaliel Marcilio, residente no Espírito Santo, que chegou a ser preso em Itapetinga, de onde fugiu na companhia de outros companheiros de cela… Uma quarta pessoa, o itapetinguense Paulo Miguel Nascimento, foi quem intermediou a negociação entre os mandantes e o pistoleiro, mas este nunca foi preso, encontra-se foragido até hoje.
Maria Zilma e reginaldo Vaz ficaram presos por um tempo, ela por quatro anos e meio, e ele por cerca de cinco anos, os dois respondem o processo em liberdade… Mais detalhes acerca do assassinato clique AQUI e será redirecionado (a) para outra página.
O JÚRI – Dia 11/06/2019…
Estava tudo certo para o julgamento de dois dos quatro réus citados no processo, um deles seria Reginaldo Vaz da Silva, e Maria Zilda Couto Dias… Ambos constiutíram defensores, ele seria defendido pelos advogados Dr. José Pinto Souza Filho e Dr. Rodolfo Mascarenhas. Ela opetou por dois advogados criminalistas de Teixeira de Freitas, Dr. Paulo Roberto Malta e Dr. Moisés de Almeida Berssany.
O juíz Dr. Egildo Lopes Lima presidiu a 3º Reunião Periódica da 2ª Sessão do Tribunal do Júri na manhã desta terça-feira, 11, no salão nobre, realizando o sorteio dos jurados, convocando testemunhas, adotando as providências necessárias para iniciar os trabalhos…

Defesa de Maria Zilma questionando a testemunha de causação – o delegado Dr. Irineu Andrade.
Os defensores da ré Maria Zilda Couto Dias foram os primeiros a chegar. Já os de Reginaldo Vaz da Silva chegaram tempo depois. O que todos não esperavam é que os defensores de Reginaldo Vaz arguíssem nulidade do processo e abandanassem o plenário bruscamente, mesmo após o registro do pedido de nulidade na ata da Sessão.
Dr. Egildo Lima Lopes julgou o pedido em tempo real, mas o réu Reginaldo Vaz não teve condição de ser julgado juntamente com a ré Maria Zilma Couto, será julgado posteriormente…
Na Acusação, atuou o Ministério Público do estado da Bahia, com os promotores de justiça Dr. Antonio José Francisco Júnior e Dr. Gutemberg Macedo. Na Defesa de Maria Zilma Couto Dias, atuaram os advogados criminalistas Dr. Paulo Roberto Malta e Dr. Moisés de Almeida Berssany (ambos de Teixeira de Freitas)…
O Conselho de Sentença foi formado por quatro homens e três mulheres, que neste júri, representou toda sociedade de Itapetinga.
Tese da Acusação (Ministério Público) – Homicídio Duplamente Qualificado (Motivos Torpe e Fútil)… Tese da Defesa de Maria Zilda: Negativa de Autoria. Os debates ocorreram entre acusação e defesa, mas não houve réplica e nem tréplica, o que contribuiu para terminar mais cedo…
Após os debates o juíz presidente fez a leitura dos quisitos de votação para o Conselho de Sentença e convocou a quem de direito para se reunir na chamada Sala Especial de Votação. às 18:20hs, saiu a rolação da sentença.
Condenação da ré…
Os jurados optaram pela condenação da ré e acataram a tese da acusação (Ministério Público), condenando Maria Zilma Couto Dias pelo crime de homicídio duplamente qualificado. Dr. Egildo Lima Lopes com base na decição dos jurados, aplicou a pena em 14 anos de reclusão em regime fechado. Como a ré já ficou presa por quatro anos e tem a seu favor um Hábeas Corpus, continurá respondendo o processo em liberdade…
A decisão ainda cabe recurso… Tentamos falar com a defesa, mas os adovogados não aceitaram falar com a imprensa. Ouvimos os promotores de justiça Dr. Antonio José Francisco Júnior e Dr. Gutemberg Macedo, que falaram sobre o resultado do júri… De acordo com Dr. Antonio José, a justiça foi feita, ainda que de forma parcial, pois apenas uma das pessoas envolvidas foi julgada…
Já para o Dr. Gutemberg Macedo, o crime de Mazinho ocorrido há 10 anos, abalou a população de Itapetinga, deixando a família dele desolada. Que a sociedade fez justiça em relação ao crime.
Ouvimos também um representante da família de Mazinho (vítima), a irmã Elânia Lopes Lima, que estava muito abalada acompanhada dos demais familiares, todos usando camiseta com a fotografia de Mazinho. Uma faixa com a imagem de Mazinha e pedido de justiça foi afixada na entrada do fórum… Elânia disse que após a condenação de Maria Zilda, a família sentirá um alívio, mesmo tendo que esperar 10 anos e meio até o julgamento.
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