O câncer de próstata preocupa, principalmente, homens com idade a partir de 65 anos. Só que, aqueles com menos de 49 anos, também enfrentam o problema. O número de atendimentos para tratar do câncer de próstata em homens com até 49 anos, aumentou 32% no Brasil, entre 2020 e 2024. De acordo com  o Ministério da Saúde, foram realizadas 2,5 mil assistências, em 2020, e 3,3 mil em 2024. Nos atendimentos pelo SUS, a maioria dos procedimentos foi com quimioterapia, em torno de 85%, as cirurgias oncológicas atingiram 12% e o tratamento por meio de radioterapia, 4%.

Segundo especialistas, o aumento no número de tratamentos está relacionado à procura por atendimento, e não necessariamente ao crescimento da quantidade de casos. Associado a isso, está a ampliação da rede de assistência de saúde pelo país e a conscientização sobre a doença. As consultas ao urologista nos check-ups de rotina foram incluídas no cotidiano de muitos homens abaixo dos 49 anos. É o caso de Rodrigo Fioravante, que já realizava o exame PSA para detectar possíveis problemas na próstata. Ele  também  realizou o chamado “exame de toque”, aos 46 anos, durante um check-up de rotina.

“Como meu pai teve câncer de próstata, e meu avô também teve câncer de próstata também, eu meio que forcei o médico a fazer, entendeu? Então foi agora com 46 anos de idade, o resultado foi imediato, porque é o exame de toque, então eles fazem de imediato e o resultado diz de imediato se está tudo bem. E antes na primeira consulta tinha sido precedida daquele exame de PSA e tudo mais. Não fiquei tenso, pelo contrário, eu fiz questão de fazer”.

Quando diagnosticado, precocemente, o câncer de próstata tem 90% de chance de cura. Nas fases iniciais, a doença é assintomática, mas em estágios avançados pode provocar dificuldade e necessidade de urinar muitas vezes ao dia. Também pode surgir sangue na urina e ou no sêmen, podendo causar dores na pelve, quadris e costas.

O Instituto Nacional de Câncer estima a ocorrência de 71.730 novos casos de câncer de próstata no Brasil, este ano. Edição: Por Leila Santos / Akemi Nitahara / Agência Brasil