Versões ou séries especiais de um determinado carro geralmente são lançadas para alcançar um consumidor específico em busca de exclusividade, ou mesmo para valorizar um veículo já existente, com equipamentos que o coloquem num padrão superior ao original. A busca nos dois casos é o maior número de vendas, claro.
A Fiat é especialista no assunto, e quando elegeu o Palio Fire 1.0 como o substituto do extinto Uno Mille, não perdeu tempo em também colocar no mercado sua versão "aventureira", que fez sucesso com seu antigo modelo de entrada (e mantida com o Novo Uno). Eis que em maio passado surgiu o Palio Fire Way 1.0 Flex 2015, por R$ 27.860 (R$ 1.070 a mais que a o Palio Fire)..
Se o termo "pé de boi" se encaixa ao Palio Fire 1.0, pode se dizer que a versão Way também faz parte da boiada, mas com um pouco mais de raça.
CARA DE UM, FOCINHO DO OUTRO
Na prática, trata-se do mesmo bom e velho Palio de primeira geração (a atual é a terceira), lançado nos anos 1990 (ele passou por duas importantes reestilizações durante os anos 2000) e considerado por muitos como o Palio mais bonito já feito.
Além de airbag duplo, freios ABS com EBD, relógio e indicador do nível de combustível digitais e retrovisores externos com comando interno (todos equipamentos de série), a versão Way entrega a mais, em comparação com o Palio Fire 1.0, a opção de vir sempre com quatro portas; faixas adesivas alusivas à versão nas portas; grade dianteira cromada com contornos em preto brilhante; molduras em plástico preto nas caixas de roda; protetores (ou algo parecido com isso) abaixo dos para-choques dianteiros e traseiros; pintura cinza metálico nos retrovisores externos; adesivo preto fosco nas colunas centrais entre as portas dianteiras e traseiras; e faróis biparábolas com canhões cromados e máscara negra.
São diferenças cosméticas, mas que quando vistas de longe acabam dando certo caráter de "fora-de-estrada" e este hatch comum — as molduras das caixas de roda, aliás, passam a ilusão de que o carro é (muito) mais alto, por exemplo.
NO INTERIOR
Por dentro da cabine, as únicas diferenças estão no revestimento, no bordado Way dos bancos dianteiros e no painel de instrumentos, emprestado do Novo Uno, que descartou o Econômetro e passou a adotar um conta-giros.
À parte das modificações estéticas, as maiores (e melhores) diferenças do Way em relação ao original são as molas e amortecedores (pressurizados a gás), combinadas com uma suspensão um pouco mais elevada (na traseira, com rodas semi-independentes e travessa de torção de seção aberta), e rodas de aço com pneus 175/65 R14, que também são de série. O novo conjunto resulta em maior altura mínima do solo (1,5 cm), passando dos 14,5 cm do Palio Fire para os 16 cm da versão Way.
Fonte: Uol.